Skylon vai conhecer o seu primeiro teste decisivo

Fonte:http://www.space.com/11414-skylon-space-plane-british-engine-test.html

O muito ambicioso projeto britânico para lançar cargas úteis para órbita em menos de dez anos vai ter que ultrapassar uma fase crucial já em junho deste ano com um teste real ao seu sistema de propulsão. O Skylon será capaz de descolar e aterrar horizontalmente e é o produto do desenvolvimento da empresa britânica  Reaction Engines Ltd com fundos unicamente privados.


Em junho, a Reaction Engines vai realizar um teste crucial ao seu revolucionário motor híbrido reação/foguete e depende do sucesso deste teste o apoio que os financiadores poderão dar (ou não) ao projeto.
O Skylon é uma evolução direta do conceito Hotol, proposto por investigadores britânicos na década de 80. O avião espacial deverá ser totalmente reutilizável, ser capaz de descolar e aterrar como um avião normal. Terá 84 metros de comprimentos e quando completamente carregado (de carga e combustível) deverá pesar 303 toneladas. Dimensões muito notáveis, quando comparadas com qualquer nave espacial jamais construída, mesmo quando comparada com o Space Shuttle. O veículo deverá ser capaz de transportar até 11.3 toneladas de carga útil, mas modelos futuros poderão levar ainda mais longe esta capacidade.
Este avião espacial será capaz de reduzir drasticamente os custos de lançamento para o Espaço, assim como tempo necessário para colocar uma carga útil em órbita, já que cada Skylon deverá apenas precisar de 48 horas para ficar próximo para o voo seguinte.
As primeiras versões do Skylon foram concebidas apenas para carga, mas a empresa construtora antecipa ser possível fazer transportar até 30 passageiros apenas através de alterações mínimas.
O Skylon não vai exigir foguetões externos para chegar ao Espaço (como os Shuttles soviético ou norte-americano) confiando para tal apenas no seu motor híbrido jato-foguete de nome SABRE que usa hidrogénio e oxigénio, no modo jato enquanto o veículo estiver na atmosfera, no modo foguete quando sair dela. É neste tipo radicalmente revolucionário de motor que assenta o “segredo” do Skylon já que o modo de funcionamento vai permitir evitar ter que transportar oxigénio em tanques, poupando assim em custos e massa. Obviamente, sendo uma tecnologia completamente nova e totalmente diferente de tudo o que existe atualmente acarreta uma série de desafios técnicos que têm que ser ultrapassados… Mas que a serem colocarão o Reino Unido na vanguarda da exploração espacial e que abrirão as portas do Espaço à humanidade de uma forma radicalmente nova.

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